quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

E o ano chega ao fim

Bom, como todo fim de ano, chega a hora de analisar como foi o desenrolar dos últimos 365 dias de sua vida. Pesar o que aconteceu de bom e ruim, e como podemos melhorar no próximo ano.

Em dezembro de 2009 eu decidi que não trabalharia mais em agência de publicidade. Não queria mais trabalhar com criação. Não queria seguir no que eu havia me formado. Um herége profissional. A decisão foi vista com olhos incrédulos e inseguros por grande parte das pessoas que eu conheço. Natural.

Porém, ainda acredito que voce deva fazer o que mais ama na vida. Só assim não ficará cansado, entedeado (nada pior que o tédio) e poderá se dedicar com verdadeira paixão. Consequentemente um bom trabalho surgirá, e o reconhecimento vai sendo plantado aos poucos. Trabalho muito mais que antigamente (não se iluda quem achar que é o contrário) mas estou feliz.

Estava com medo do tempo. Em pouquíssimos anos não teria mais como abraçar o que eu claramente nasci para fazer. E isso seria frustrante e imperdoável, já que eu tinha realizado todas as sinapses em minha cabeça que apontavam um futuro broxante e triste caso eu continuasse acomodado. Talvez bem pago, e só. É muito pouco.

Comecei do absoluto zero, apenas com o talento e força de vontade. Criei um site, blog, modelei inúmeras peças de portifolio, peguei encomendas, fiz séries especiais, trabalhos para agencias e estúdios, fiz inúmeras visitas a possíveis clientes. No últimos meses do ano ainda consegui trazer toda a produção em resina para dentro do estúdio, o que resultou numa queda nos preços das peças e um controle de qualidade melhor, feito diretamente por mim.

Sai em alguns veículos de mídia, alguns bem relevantes, outros que ningem lê. Acho que para o primeiro ano de empresa ( que dizem que é o pior) eu consegui me sair relativamente bem. Ainda tem muito o que ser feito, não consegui colocar em prática nem 10% das minhas idéias, devido a falta de tempo e o excesso de trabalho. Mas aguardem que em 2011, terei muito o que contar.

Não posso finalizar esse post tão marcante para mim, sem agradecer meus grandes amigos e familiares que fizeram de tudo para me ajudar a crescer nesse começo. Sem eles eu não sairia do lugar, isso é certeza.

Uma bom final de ano, e um belíssimo 2011 a todos.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Os Cabeçudos no Portal do Ig



O Portal Ig criou um hot site muito especial para essse natal. Além das tradicionais matérias de inal de ano, eles bolaram uma maneira divertida e rápida para descobrir o que dar para seu amigo secreto.

É um ''quizz'' sobre a pessoa que voce tirou. Um breve questionário com aproximadamente 10 perguntas, que voce responde pensando no sorteado, no final mostra que tipo de pessoa ela é, sentimental, divertido, intuitivo etc.

E para cada personalidade, o portal apresenta um leque de possibilidades de presentes, com os mais diversificados preços. Caso seu amigo oculto seja do tipo intuitivo, um dos presentes mostrados pelo Ig é um cabeçudo aqui do estúdio. Presente diferentão, com bom preço e cheio de personalidade.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mega satisfação - O estúdio no Abduzeedo



Nunca dediquei um post a uma divulgação do meu trabalho que tenha ocorrido na net. Claro que sei da importância da ferramenta, e quão poderosa e eficaz ela pode ser. Porém fiquei especialmente feliz com um post que o pessoal do Abduzeedo fez sobre o meu trabalho.

São referência, criteriosos e tem um baita peso no mercado. Por isso, aqui vai meu singelo agradecimento a voces, que curtiram e divulgaram meu trabalho.

Fizeram meu dia, aliás a semana.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Troféus em resina




Essa peça foi criada para uma premiação que ocorrerá na revista Monet, foram feitas 11 réplicas em resina para ser customizadas por artistas. O design desse troféu é da revista Zupi, e o processo de modelagem, molde e tiragem em resina foi feito inteiramente aqui no estúdio.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Resumo do Workshop no Pixel Show



Quando a Zupi me propos dar um Workshop de 4 horas no Pixel Show, eu confesso que apesar de minha satisfação inicial, fiquei um pouco inseguro devido ao curto período que eu teria disponível para ensinar a galera a fazer alguma coisa.

Pensei durante um bom tempo, até chegar num formato que fosse objetivo, simples para ensinar (e consequentemente aprender) e livre. Livre no sentido de não engessar os paricipantes na hora de criar. A maioria dos inscritos era ilustrador, designer, diretor de arte ou no mínimo um grande interessado em arte. Não posso colocá-los numa forma e pedir que todos sigam religiosamente cada passo que eu desse.



Deixei bem claro sobre isso já nos primeiros minutos e o resultado foi a total diversidade de personagens. Teve Mr. Magoo, David Bowie, palhaços, Gengis Khan, entre muitos outros.

Não tinha a pretensão de ensiná-los anatomia, musculatura, proporção. Quem quiser aprender de fato sobre tudo isso, eu recomendo ir a Melies ou a Inovattion e fazer um curso de alguns meses para começar a entender alguma coisa sobre essas técnicas. Coloquei na cabeça que o workshop era para quem tenha interesse em Toy art, consiga fazer sua criação, humilde ou mais pretensiosa em casa. Mas que brinque com alguma propriedade e conhecimento.

Passei os materias que eu tenho, as diferentes massas que eu uso e alguns livros de referência. Com esse conteúdo, já dá para treinar em casa, e dar vida a esses personagens.

Após pouco menos de 3 horas de workshop, quem nunca havia modelado na vida já tinha um esqueleto bem resolvido, um boneco que parava em pé e personagens bem encaminhados como esse aqui abaixo.



Acredito que os participantes tenham curtido essas horas que passamos juntos, e tenham aprendido alguma coisa. Que venham os próximos.

Ps: quem quiser ver todas as fotos acesse: http://migre.me/1Cgga

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Estúdio na Inked





Recheada de matérias bacanas, bela direção de arte, papel de qualidade e um conteúdo moderno, a revista Inked está em sua segunda edição, mas já dá para sentir que ela diz ao que veio.

Ou como a própria revista se resume no site : Uma das mais bem-sucedidas publicações de comportamento lançadas nos EUA nos últimos anos acaba de chegar ao Brasil: INKED, uma revista para quem curte música,design, moda, cultura pop, ensaios com mulheres bonitas e, claro, muita tattoo.

Recebi o convite de expor meu trabalho na seção BUY, cujo o tema do mês é cinema. Um mote que tem tudo a ver com o estúdio.

David Gilmour - encomenda exclusiva







Mais um exemplo de encomenda totalmente exclusiva, já que quando fui contatado para fazer o David, eu dei uma bela pesquisada na net atrás de algum boneco do cara. E não encontrei nada.

O cliente vai presentear o pai, que é fã do Pink Floyd, tem todos os álbuns, conhece tudo de cabo a rabo. Difícil encontrar alguma coisa que o surpreenda. Difícil mas não impossível.

Acho que essa peça ficou uma das melhores da série de músicos, claro que o rosto com traços fortes do Gilmour ajuda a criar um boneco de qualidade e muita personalidade.

Algumas das músicas que marcaram a criação da peça, já que sou também um apreciador do cara. Shine On You Crazy Diamond, Comfortably Numb, Money

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Os bons e velhos heróis



Como eu disse no meu primeiro post, eu adoro o Laerte. Aprecio tudo que ele faz, inclusive aquelas coisas que eu não entendo. Curto tanto que ele foi uma das pessoas que me inspirou a trilhar o nebuloso, folclórico e apaixonante mundo da arte.

Quando eu vi esses dias que ele naturalmente disse que usava roupa de mulher ( o não tão famoso Crossdressing) eu achei curioso, talvez um pouco excêntrico, e só. Muitos podem achar estranho, coisa de afetado e tudo mais. Enfim, tanto faz.

O que eu vi foi uma forma completamente inusitada e oportuna de homenagear esse cara. Que mesmo com algumas tiras que eu não compreendo 100%, me convenceu que fazer algo tão incerto como arte pode ser muito gratificante e até divertido .

Obs: aproveitar para lembrar que amanhã ele lança seu novo álbum, Muchacha.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Projeto de Toy










Uma das coisas que faço aqui no estúdio que acho mais legal, é pegar um desenho bidimensional simples e transformá-lo numa peça 3D com detalhes, volume e vida.

Adoro criar todo o processo, e o cliente também acompanhou todas as fases através de fotos que eu fui enviando durante o projeto.

A peça foi criada com Super Sculpey, pintada com aerógrafo e com o acabamento em pincel.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Um belo briefing - Cliff Burton






Trabalhei um tempo em agência de Publicidade. Foi pouco tempo, o suficiente para ficar a par do secular confronto entre a Criação (apelidados de ''criativos'') e o pessoal do atendimento. Essa briga diária está presente em toda agência, e inevitavelmente é responsável por algumas discussões bem sérias e inúmeras piadas (principalmente internas).

O problema sempre é a troca de informações. O atendimento ao passar as informações aos ''criativos'' as vezes não a passam da maneira correta. Pode faltar certo detalhe importante, ou trazer algum outro trocado, pode ter achado que sacou o que o cliente queria, quando na verdade, sua sensibilidade o trapaceou, passando aos criativos uma visão totalmente distorcida do que o cliente realmente imagina para a campanha.

Mesmo quem está de fora consegue imaginar o tamanho do problema quando a tríade Cliente - Atendimento - Criação não se entendem como deveriam.

Enfim, essa divagação toda veio em mente, pois esse último projeto que peguei, me lembrou os tempos de agência. Justamente por ter recebido um briefing tão completo do que deveria ser feito, a peça saiu como o cliente queria. Ou nas palavras da mesma ''melhor do eu imaginava''.

Eu não conhecia o Cliff Burton e sua trágica história, e tão pouco seu modo de se vestir, postura, acessórios, e tudo mais. Tudo isso foi me passado detalhadamente pela Atendimento/cliente (ela ia presentear o namorado, e ele não sabia) e toda essa atenção que ela deu ao projeto e as informações foi o que deixou a peça com tanta vida.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Boneco entregue!

Finalmente eu consegui dar a peça para o Crumb, foi na terça feira passada, dia 10 de agosto, lá na Livraria da Vila. Quero agradecer a Isabelle Faustini e seu pai que se sensibilizaram pela situação e me deram toda a letra de como eu conseguiria chegar até ele. Além de realizar um ótimo meio de campo.

Não posso deixar de mencionar o Gonçalo da revistra Trip e o Rogério da editora Conrad, o responsável pela entrega.

Obrigado a todos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Crumb na Flip



Conheci o quadrinista Robert Crumb meio tarde, foi em 2003 no filmaço ''O Anti Herói Americano'', que conta a vida de Harvey Pekar, e sua amizade com o excêntrico desenhista. Saindo do cinema, fui atrás de seus gibis, me apaixonei por seu trabalho e assim peguei gosto pela criação mais underground e subversiva nos quadrinhos.

Gostei muito do Crumb por alguns motivos. Por ele ter encabeçado um movimento cultural praticamente sozinho, por seu traço (que mudou muito durante os anos), sua ironia e predisposição natural para ser ácido e subversivo. Acabei comprando os gibis que a Editora Conrad lançou aqui no Brasil, e estou sempre relendo seus trabalhos.

Quando li que ele participaria da Flip desse ano, eu prontamente agilizei meu convite e estadia. E já que estaria tão próximo, pensei em entregar alguma peça diretamente para ele.

Demorei um bom tempo pensando em qual peça criar. Tentei lembrar de suas estórias, do documentário ''Crumb'', o que poderia agradá-lo? Acho que os clássicos Fritz the cat, Mr. Natural e outros personagens dos anos 60, ficaram para trás. São estórias de 40 anos que eu acredito que ele nem queira mais falar sobre isso. Pensei em fazer ele e o Harvey Pekar, só que o Harvey acabou de morrer, não sei como ele reagiu a isso. Finalmente cheguei a mais óbvia das idéias: uma mulher. Gigante, desproporcional, bunduda, e tudo que remete as suas obsessões sexuais. Disso ele ainda gosta, pensei.

Fiz a peça montando um mosaico de vários desenhos diferentes dessas Pin Ups gigantes. Fiz um fundo, coloquei na cúpula e levei para Paraty.

Cheguei na Flip e me impressionei com o número de pessoas nas ruas e a demora nos restaurantes. Passei a tarde passeando, e me informei com a organização do evento como eu poderia entregar em mãos minha peça. Recebi um balde de água fria. Ele ia acabar a palestra e imediatamente ir para outra tenda onde seria distribuidos autógrafos. Apenas 50, com senha dada durante a palestra. Ou seja, ou voce via a palestra, ou ficava numa fila gigante e torcia para pegar uma senha. Com tudo pago, e realmente querendo ver o que ele tinha a dizer, optei em ver a palestra.

Voltei para a pousada, e cheguei na frente da tenda com 30 minutos de antecedência. Fiquei chocado com a imensa fila que havia se formado. ''Esse pessoal todo está aqui para ver o Crumb?'', é o que não saia da minha cabeça. Deu o horário e os portões se abriram, a multidão entrou entusiasmada. Peguei um lugar lá no fundo, fiquei impressionado com o tamanho do local. 900 pessoas estavam sentadas para ver o quadrinista.

10 minutos depois, entrou Crumb, Gilbert Shelton e Sergio Davilla que faria a mediação da conversa. Ele entrou meio curvado, chapéu e terno preto, visivelmente desconfortável. Sentou na cadeira do meio, deu de ombros e suspirou. Aquilo seria uma tortura para ele.

Enquanto Sergio fazia as apresentações, Crumb colocava a mão na testa para conseguir ver quantas pessoas estavam na platéia. Ele não parava de fazer isso, o que já gerou alguns risos da multidão. Quando chegou sua vez de falar, ele já disse: ''o que voces estão fazendo aqui? Se voces gostam do meu trabalho, ótimo, mas eu sou chato e velho''. Gargalhadas.

Os fotógrafos estavam há dois metros de distância, metralhando seus flashes contra o quadrinista. ''Isso é muito desconfortável. Todas essas pessoas e esse fotógrafos''. A primeira pergunta: é verdade que voce veio para cá obrigado pela sua mulher? ''Sim, eu não sou muito de viajar''. Dali já deu para sentir o climão.

Não que tenha sido chato a próxima hora de conversa, pelo contrário, foi incrível ver de perto que aquilo tudo que ele já disse em suas estórias, entrevistas e documentário era extremamente real. Toda sua excentricidade, timidez e desconforto frente ao público estava ali. Sem maquiagem ou edição.

As perguntas foram meio óbvias, e de nada me acresentou. O mais divertido foi observar seus maneirismos, postura e como tudo isso é captado com extrema precisão em seus auto retratos. O mediador pergunta: me fale um pouco da criação do livro ''Genesis''. ''O que voce quer saber?''. Ele responde num tom meio tímido. Quando perguntado sobre suas obsessões sexuais, ele disse que não se reconhece mais naqueles desenhos, estava velho. ''Quem foi o lunático que desenhou isso?'' ele brinca. Talvez a peça que eu pensava em entregar, não teria mais o efeito que eu imaginava.

Nem preciso dizer que Gilbert Shelton ficou meio apagado. O engraçado é que ele estava muito afim de falar, respondia tudo com clareza e muita simpatia. Mas as perguntas não chegavam. A coisa piorou muito quando a mulher do Crumb, a também quadrinista Aline Kominsky, foi convidada a subir no palco. Aí ele praticamente não falou mais nada, só deu ela falando do trabalho dela, e das estórias que eles faziam juntos. Achei desnecessário e uma perda de tempo.

Deu uma hora exata de conversa e Sergio Davilla finalizou. Crumb disse ''acabou??'', e já levantou na hora, não agradeceu, não deu tchau, nada. Colocou os braços nos ombros de Aline e saiu pela coxia.

Na outra tenda, a multidão já se empoleirava para ganhar um autógrafo. Curto o trabalho do cara, mas não sou um fanático desesperado (que inclusive ele detesta). Perdi completamente a vontade de entregar a peça. Eu teria que enfrentar uma verdadeira epopéia, além de notar que ele estava deslocado e desconfortável durante toda a palestra, ele só queria acabar logo com aquilo tudo.

O mais próximo que cheguei dele foi quando as perguntas da platéia foram lidas (apenas duas) e uma delas foi a minha. ''Depois de tantos anos de trabalho e sucesso, existe algo para ser criado?'' Sua resposta: ''não...''.

Fiquei tranquilo em trazer a Pin Up de volta para casa.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O estúdio na revista Zupi







A Zupi é referência para todos que trabalham com arte. A cada trimestre, a revista lança suas edições sempre apresentando o que existe de mais interessante em ilustração, design, fotografia, tatuagem, pintura, escultura. Qualquer manifestação artística de vanguarda, autoral e de qualidade.

Tive a honra de ser convidado para mostrar meu trabalho ao público nessa edição de Agosto, e o resultado é a matéria acima.

Nem preciso dizer que estampar meu trabalho nas criteriosas páginas dessa revista, é motivo de satisfação e muito orgulho.

Espero agradar a alta expectativa dos leitores.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Os Cabeçudos








Essa nova série nasceu aqui no estúdio para ser uma linha de produtos mais comercial, porém sem perder a classe e o estilo. Nasceu da necessidade que eu vejo de explorar mais as possibilidades que a Toy art oferece, sempre com personalidade e um diferencial.

Os Cabeçudos estreiam com 4 personagens emblemáticos: 007 do Sean Connery, Tarantino, Corleone e Rocky Balboa. Quem me conhece sabe que sou grande fã de cinema, e grande parte das minhas referências vem dai. Por isso, nada mais justo que começar uma série tão especial com um tema que me sinto tão em casa.

Claro que a idéia é que Os Cabeçudos tenham mais uma porção de personagens. Músicos, personagens de série, de HQ, quem sabe até desenho ou esportes? A lista de possibilidades é enorme, e estou aberto para receber sugestões. Quem faria parte dessa coleção? Respeitando a premissa inicial: personagens que tenham classe, estilo e façam parte do universo pop.

É uma série legal de colecionar e muito boa para presentear. As peças estão a venda na minha loja virtual. É simples de navegar, pagar e receber.

Reserve o seu Cabeçudo e aguarde novos lançamentos!

Obs: Mais fotos no meu site.
Obs2: As bases são ''customizadas''. Dois modelos diferentes para cada personagem.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Workshop do estúdio no Pixel Show internacional 2010




Organizado pela Zupi, o Pixel Show, maior evento de criatividade do Brasil e o quinto do mundo, vai rolar mais uma vez esse ano, nos dias 16 e 17 de outubro de 2010. A expectativa para esse ano é atrair mais de 10 mil pessoas.

Direcionado aos criativos da área de Design, Ilustração, Arte Urbana, Moda, Fotografia, Artes Visuais, estudantes e interessados no efervescente universo das artes, a edição de 2010 vem cheia de novidades e atrações especiais, com palestras confirmadas de Bobby Chiu e Kei Acedera a dupla que imaginou o universo lúdico do filme Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton; Jason Manley, o presidente da megaprodutora de cinema e games Massive Black; Dan Goldman, ilustrador e quadrinista norte-americano colaborador dos maiores veículos de comunicação do mundo, como Time e New York Times, além dos artistas brasileiros Indio San, um dos maiores designers gráficos do país, Dimitre, designer especializado em movimento e Cisma, diretor de filmes e animação. Outros quatro nomes ainda serão confirmados em breve.

Tive a felicidade de ser convidado para dar um workshop nesse ano de 2010. Ainda não sei ao certo qual dos dias eu estarei lá, mas já é certeza da presença do estúdio. Grande desafio pela frente! Tempo limitado para ensinar um pouco da Toy art para o pessoal interessado nessa arte.

Agilizem seus convites que o Pixel Show desse ano que está forrado de atrações bacanas, e caso voce queira participar do meu workshop, fique ligado pois são poucas vagas.

Nos vemos lá.

Uma homenagem especial: peças para a agência Rock



A agência de comunicação Rock, entrou em contato com o estúdio para fazer uma homenagem aos três sócios, responsáveis pelo sucesso da agência.

O briefing era para montar uma cúpula com os 3, um ao lado do outro. Como todo o conceito da Rock está intimamante ligado ao universo musical, mais precisamente o Rock'roll, sugeri uma guitarra, caixa de som, baquetas e uma arte no fundo que remeta a esse conceito.

Como são em três sócios, a encomenda foi um pouco mais complicada, mas não inviável, tive que reproduzir 3 peças iguais, (afinal cada um iria ganhar a sua peça) total de 9 bonecos. Claro que eles não ficam iguais, são versões parecidas da mesma pessoa.

Mais um exemplo de homenagear de uma forma 100% customizada e diferenciada.

OBS: Essa peça mede 27 cm de altura X 29 de comprimento e 15 cm de profundidade.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Trabalhar com o cliente - o Chapeleiro Maluco


Recebi esse pedido: Chapeleiro Maluco. Já esperava uma encomeda desse gênero devido o frenesi do filme. O interessante é que a cliente me mandou uma foto de um boneco que já é comercializado por uma grande empresa para eu usar de referência para modelar a roupa dele.

Ou seja, ela sabia que era vendido o boneco, porém, optou pelo projeto personalizado. Perguntei se teria problema em criar um Chapeleiro sem me preocupar muito se a cara ia ficar igual da do Johnny Depp. Uma criação livre, porém baseada no filme. Ela curtiu a idéia.

Gostei muito de produzir essa peça. A cliente tinha um bom prazo, e assim pude criar com calma, usei tecido em alguns pedaços da peça (no chapéu por exemplo), e mandei fotos do processo da modelagem para a cliente participar. Dado momento por exemplo, ela pediu para deixá-lo com a expressão mais perigosa, e não tão dócil como nos cartazes dos filmes. Observação feita e corrigida.

Bacana produzir junto com o cliente, e perceber que existem pessoas que optam pelo trabalho exclusivo, entendem e valorizam um trabalho único.

domingo, 11 de abril de 2010

Peça exclusiva do Geddy Lee



Dias atrás recebi uma encomenda diferente, uma cliente ia presentear seu marido com uma peça exclusiva do Geddy Lee vocalista e baixista do Rush. O cara é totalmente fã, e já tem tudo da banda, difícil surpreendê-lo quando se trata de Rush. Pedido interessante. Até fazer a busca por imagens na net, eu não fazia a menor idéia de como era a cara daquela voz tão particular.

Quando me deparei com as primeiras imagens, me deu um certo um alívio, já que o sujeito já nasceu com cara de boneco. Sabia que ia render uma peça interessante.

Fui produzir e para entrar no clima Rush decidi ouvir um pouco dessa banda tão importante, que eu pouco conhecia. Ouvi algumas canções além das clássicas e achei muito bom. Algumas músicas foram ouvidas ''n'' vezes, e ditaram o ritmo da produção: Fly by night, Limelight, Spirit of the radio, Working Man .

PS: Essa é daquelas encomendas que eu posso dizer que é 100% exclusiva, já que varri a internet atrás de um boneco do Mr. Lee, e aparentemente essa peça ainda não foi produzida.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Primeira leva de Chuqs esgotada




Após um mês no mercado, a primeira remessa de Toys do Chuqs Nóia está esgotada. Devido ao sucesso nas vendas, já entramos na correria para produzir e colocar a segunda edição disponível ao público na próxima semana.

E também já estamos pensando com o pessoal do Mundo Canibal qual será o próximo personagem maluco que irá entrar para a produção em larga escala do estúdio.

Aguardem!

Uma nova parceria


Quando ainda estava planejando me dedicar profissionalmente ao estúdio, eu listei uma série de possíveis parcerias. A lista é bem ampla, tem de tudo. Estou sempre de olho em oportunidades que possam gerar algo positivo para o estúdio. Porém essa proposta que eu recebi não estava nos planos e mostrou-se ser algo muito diferente e interessante.

A Immaginare é responsável por realizar as mais diferentes experiências com o público. Ou como eles mesmos resumem ''O Guia de Experiências Immaginare é a mais nova forma de realizar os sonhos que até hoje pareciam ser impossíveis. Representa o que há de melhor, mais exclusivo, emocionante, inusitado. Passear de balão, fazer um curso de strip-tease, voar de helicóptero, aprender dotes culinários com um chef famoso, pilotar um carro de Fórmula 1 ou até mesmo voar em um caça MIG Russo, são somente alguns exemplos das mais de 400 experiências que podem ser encontradas no Guia.''

O estúdio virou um desses produtos inusitados e diferentões. Agora se o público da Immaginare quiser ser transformado em um boneco, ou homenagear um amigo. Essa idéia tornou-se viável. É só clicar na opção ''sem sair de casa'', e escolher entre o mini busto ou o boneco inteiro, que o estúdio apronta para voce.

terça-feira, 9 de março de 2010

Ave, Uderzo!





Com uns 11/12 anos eu não queria mais saber de ler os gibis da minha infância, porém achava chato aqueles que eram em preto e branco, ou os que tinham estórias muitos longas. Foi assim que descobri o Asterix, o gaulês.

Para quem não conhece, Asterix mora numa pequena aldeia na Gália (atual França), numa época onde praticamente toda a Europa era ocupada pelo Império Romano. Porém o único ponto que Cézar não conseguia tomar era a aldeia dos irredutíveis gauleses chefiada por Abracurcix, e tendo como seu líder espiritual, o sábio druida Panoramix. Esse ancião era o responsável por criar a poção mágica que tornava os homens da aldeia em guerreiros invencíveis.

Gosto de reler coisas que há anos eu não vejo, foi numa noite dessas que li umas 5 HQs do Asterix. Passei a noite observando com olhos mais maduros como as estórias são divertidas e inteligentes, e como é bom o traço do Uderzo. Comecei a notar com mais calma os personagens, e resolvi criar uma peça com algum deles.

Não queria modelar o Asterix nem o Obelix, achei muito óbvio. Foi nessas que resolvi homenagear os vilões da história, os Centuriões Romanos. Sempre com aquele ar tosco e rude, mas que invarialvelmente sentem o céu cair sobre suas cabeças todas as vezes que cruzam com Asterix e os irredutíveis gauleses de sua vila.

Obs: Essa peça eu fiz um pouco maior que as outras, está com 35 cm de altura.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Chuq Nóia vira um Toy Art





Entrei em contato com o pessoal do Mundo Canibal propondo uma parceria. Eles estão desde 1998 fazendo seu humor politicamente incorreto e maluco, contam com uma média mensal de 4 milhões de acessos. Já possuem N produtos licenciados como cadernos, mochilas, camisetas, chicletes entre outros. Porém o que faltava para eles, era ver seus personagens virarem bonecos.

Os caras adoraram a idéia. Sempre sonharam em ver seus personagens dessa forma. Primeira encomenda: Chuq Nóia. O desafio de pegar um personagem em 2D e transformá-lo num Toy art, é que nem tudo que funciona numa animação, irá funcionar com a massa.

Para isso tiver que fazer alguns pequenos ajustes, porém sem tirar as características cômicas que compunham o personagem. Tive que fortalecer um pouquinho as pernas e tornar a parte de cima do boneco mais leve. Foi com dor no coração que diminui drasticamente o tamanho da cabeça. Se não a peça perdia o equílibrio e precisaria de uma base, o que eu não queria.

Claro que todo o processo foi acompanhado de perto pelo criadores do personagem. No fim das contas o Ricardo Piologo deu o positivo e foi produzido essa série, que está sendo vendida no site do Mundo Canibal.

Aguarde que em breve teremos mais novidades.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

As estórias que Vincent contava ao pequeno Tim Burton






Tim Burton teve uma infância peculiar. Passava seu tempo lendo contos de Edgar Allan Poe e vendo inúmeros filmes de terror. Gabaritou dos grandes clássicos aos mais obscuros de baixo orçamento. Seu grande ídolo nessa importante fase foi o ator americano com pinta de europeu Vincent Price.

Com seus vinte e poucos anos, Burton passou um breve período na Disney como assistente. Em pouco tempo, desejou criar algo que fugisse do estilo dócil e perfeito do estúdio. Uma obra mais pessoal, livre. Resumindo, um filme sombrio, assimétrico e com seu peculiar toque de humor. Desse anseio nasceu sua primeira obra de maior relevância, uma homenagem ao seu ator preferido: Vincent curta metragem de 1982.

Com jeitão auto biográfico, o curta conta a estória de Vincent Malloy, um garoto de sete anos que passa boa parte do tempo vivendo num universo particular. Nele, o herói é ele mesmo numa versão infantil de Vincent Price. Passando dias sombrios em seu sinistro castelo, está alma atormentada vive em meio a bizarras experiências genéticas, cães zumbis e a escuridão. Isso narrado poeticamente pelo próprio Price.

Após o relativo sucesso desse curta, veio Os fantasmas se divertem, Batman 1 e 2, Edward mãos de tesoura e o resto nós já conhecemos. Sou grande fã do Tim Burtom desde essa época. Acho, que Os fantasmas se divertem de 1987 ainda é um dos seus melhores filmes. Ali aconteceu sua grande estréia, nesse filme que fomos apresentados ao seu estilo único de contar uma história, tanto a narrativa como em sua maravilhosa direção de arte.

Criei essa peça para contar como eu imagino que tudo isso tenha acontecido nesse universo particular do diretor. Tomando a liberdade de beber da fonte Tim Burton na direção de arte, eu mostro o velho Vincent Price dramatizando algum sombrio conto de Edgar Allan Poe ao impressionado e fértil Vincent/Tim. Alimentando sua cabeça com imagens que mais tarde virariam fantásticos filmes.

Obs: Price também atuou em ‘’Edward mãos de tesoura’’, era o idoso cientista que havia criado o Edward.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Um bom vilão




Um vilao não segue receita definida ou padrão. Ele está disfarçado das mais diferentes formas. Listando alguns dos vilões memoráveis do cinema, observei como eles se destacam por características completamente distintas: a ingenuidade de Norman Bates, o histrionismo do Curinga, o teor fantástico do temível Davy Jones, o fanatismo de John Doe, a erudição do Dr. Hannibal Lecter, a gentileza de Hans Landa ou a paternalidade de Jack Torrance. O perigo pode estar em qualquer lugar.

Um dos últimos filmes que me marcou pela crueldade de seu vilão, foi no brilhante filme dos irmãos Cohen, Onde os fracos não tem vez, na minha opinião um dos melhores filmes da dupla. Tem uma pegada dos Western Spaguetti de Sergio Leone que dita o ritmo do filme. Mas calma mulheres, não tem nada a ver com aqueles chatos filmes de bangue bangue, onde os heróis estão sempre barbeados e as mulheres tem dentes perfeitos. Onde os fracos não tem vez flerta com a atmosfera realista, tensa, emergencial e quente dos filmes do italiano.

É nesse clima que conhecemos Anton Chigurh. Um misterioso forasteiro. Frio caçador de recompensas, Chigurh foi contratado para reaver uma mala com milhares de dólares. Obviamente, nosso herói esta com essa grana toda, e vai acabar se arrependendo de ter achado essa pequena fortuna. O filme mostra esse temível mercenário sempre um passo atrás de sua caça. Implacável, sagaz, assustador e completamente louco.

Uma das grandes atuações dos últimos anos, Javier Bardem mostra que é inteligente ao compor seu vilão. Nunca se entrega aos tentadores exageros que seu personagem oferece, vai da relativa normalidade ao último grau da insanidade numa leve mudança de olhar. Um papel tão fascinante, que o público torce para que ele apareça. Apareça e faça alguma coisa estranha, violenta, ou trave um diálogo marcado pela tensão e crueza. Qualquer coisa está valendo.

Seu toque de mestre, foi sem dúvida, em optar por aquele corte de cabelo (que de uma forma estranha me lembra muito o cabelo do perturbado Danny, do Iluminado). Numa entrevista ele disse algo como: um cara que sai de casa com esse tipo de cabelo não é muito normal. Algo de muito estranho ele tem. Raciocínio simples e brilhante. Aposto que muitos atores pensariam numa óbvia cicatriz, dentes podres, um olhar demente ou qualquer ''detalhe'' que escreva na testa, ''sou perigoso, cuidado comigo''.

Por achar tão rica e interessante essa criação de personagem, que fui inspirado à produzir a peça mostrada acima.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Hendrix, Zap Comix e HQs underground





Nesse final de ano recebi uma encomenda dos sonhos: Jimi Hendrix. Faça como achar melhor. ''ótima escolha, senhor. Volte sempre.'' Modelei o guitarrista fazendo o que eu achava melhor, e para produzir o fundo da peça queria fazer algo diferente. Nada que remetesse diretamente ao Jimi. Eu queria que a arte de fundo trouxesse a atmosfera de sua música. Para isso, tive que pesquisar na Zap Comix que tenho aqui em casa.

Essa revista nasceu pelas mãos de Robert Crumb, (artista tão importante nessa época que eu não conseguiria resúmi-lo em um parágrafo) ele conseguiu reunir as mentes de artistas (normalmente marginais) que pensavam de maneira parecida, porém se manifestavam com traços bem diferentes num só periódico.

Como resumi Bill Griffith ''Crumb falou com todo mundo, e teve culhões para fazer esses gibis. Reiventou o gibi. Tomou isso como outros de sua geração tomaram a música. É uma das poucas pessoas que literalmente se tornaram o ponto de partida para todo um movimento. Crumb teve a grande visão. A visão ardente''.

Foi revendo essa coletâneas de obras que eu me deparei na página 93 com uma ilustração de Robert Williams. Muito bonita, bastante expressiva, preto e branco (algo bem diferente que as imagens coloridas que remetem diretamente ao Jimi), perfeita para a proposta da peça. Era exatamente o que eu procurava.

Para quem curte o Hendrix, os anos 60, movimento underground ou quadrinhos, a Zap Comix é leitura obrigatória. Leitura não, tenha um exemplar em casa que vale a pena.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

As Perturbações



Me recordo perfeitamente quando estava indo para Campinas em meados do ano passado. Estava viajando para resolver alguns detalhes da produção do Mr. Richards. Para me dar uma força nessa tarefa, convidei um amigo meu, o Gabriel. Já havíamos nos perdido horrores para chegar até Campinas, mas mesmo assim não parávamos de falar sobre os diferentes projetos do estúdio. E os diferentes rumos que ele poderia tomar.

Em algum momento começamos a falar de alguns personagens que me perseguem desde meus 12/13 anos. São uns caras meio truculentos, fantasiados de bichos inocentes, sempre mau humorados, normalmente fumando um cigarro. Eu desenhava na carteira da escola, no caderno nas aulas (principalmente nas de química e matemática), no cursinho, depois na faculdade e no trabalho. Ainda no fim dos anos 90, um dos meus primeiros bonecos foi um bigodudo, vestido de coelho cor de rosa fumando um charuto. Está até hoje na cozinha da casa do meu pai, inclusive. Mas por que isso?

Foi ai que surgiu um insight. Esses caras são minhas perturbações. Eles me acompanham há tantos anos, sinto que até os conheço. São fantasmas que reaparecem de tempos em tempos. O Gabriel, sempre ligeiro, me sugeriu, ''cara, voce deveria fazer uma série, esses caras fazem parte da sua história''. Nunca tinha visto por esse prisma. De fato, eles precisavam ser exteriorizados urgentemente.

Comecei a pensar porque eles estavam com aquela fantasia, e porque desse mau humor eterno. Foi aí que outras peças se encaixaram. Revendo minha pasta de desenhos, eu percebi, que além dos caras fantasiados, determinados personagens se repetiam no decorrer de todos esses anos. Eles também me perturbavam.

Assim nasceu a série ''Perturbações''. Eu montei na minha cabeça uma estória onde todos esses personagens se cruzavam (ou eles montaram para mim?), os desenhos que eu observei que se repetiram a exaustão, eu dediquei um capítulo. Ao todo, cinco perturbações ganharam um capítulo nessa saga. Foi assim que pude dar um sentido maior para suas existências.

Algo que fosse além das velhas páginas do caderno de química.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Grande influência



Bom, primeira postagem, vamos lá.
Nunca fui um desenhista grande coisa, sempre tive o cartoon como predileção de estilo, pois achava mais fácil de fazer e sempre preferi produzir coisas que me fizessem rir. Fui influenciado a desenhar na minha infância pelo Ziraldo, Mauricio de Souza e os muitos desenhos que assistia. Na adolescência comecei a tomar gosto pela modelagem, mas ainda desenhava, agora influenciado por >Norman Rockwell, Robert Crumb e principalmente pelo incomparável Laerte.

Conheci a obra do Laerte com uns 12 anos. Me apaixonei pelo seu traço e principalmente pelo seu estilo de narrativa. Um tipo de humor que só ele sabe fazer, é único. Uma mistura de fina ironia, traços econômicos e certeiros, personagens cotidianos em situações absurdas, ou personagens absurdos em situações cotidianas. Não sei. Difícil definir esse cara.

Escolhi falar dele na minha primeira postagem, pois foi lendo sua obra nos gibis e sua tiras no jornal que eu pensei: taí o que eu quero fazer da vida. Meu sonho agora era me expressar como o Laertão. Com estilo próprio, autêntico, fazendo o que gosta e trazendo humor e arte para o dia a dia das pessoas.