quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Os bons e velhos heróis



Como eu disse no meu primeiro post, eu adoro o Laerte. Aprecio tudo que ele faz, inclusive aquelas coisas que eu não entendo. Curto tanto que ele foi uma das pessoas que me inspirou a trilhar o nebuloso, folclórico e apaixonante mundo da arte.

Quando eu vi esses dias que ele naturalmente disse que usava roupa de mulher ( o não tão famoso Crossdressing) eu achei curioso, talvez um pouco excêntrico, e só. Muitos podem achar estranho, coisa de afetado e tudo mais. Enfim, tanto faz.

O que eu vi foi uma forma completamente inusitada e oportuna de homenagear esse cara. Que mesmo com algumas tiras que eu não compreendo 100%, me convenceu que fazer algo tão incerto como arte pode ser muito gratificante e até divertido .

Obs: aproveitar para lembrar que amanhã ele lança seu novo álbum, Muchacha.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Projeto de Toy










Uma das coisas que faço aqui no estúdio que acho mais legal, é pegar um desenho bidimensional simples e transformá-lo numa peça 3D com detalhes, volume e vida.

Adoro criar todo o processo, e o cliente também acompanhou todas as fases através de fotos que eu fui enviando durante o projeto.

A peça foi criada com Super Sculpey, pintada com aerógrafo e com o acabamento em pincel.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Um belo briefing - Cliff Burton






Trabalhei um tempo em agência de Publicidade. Foi pouco tempo, o suficiente para ficar a par do secular confronto entre a Criação (apelidados de ''criativos'') e o pessoal do atendimento. Essa briga diária está presente em toda agência, e inevitavelmente é responsável por algumas discussões bem sérias e inúmeras piadas (principalmente internas).

O problema sempre é a troca de informações. O atendimento ao passar as informações aos ''criativos'' as vezes não a passam da maneira correta. Pode faltar certo detalhe importante, ou trazer algum outro trocado, pode ter achado que sacou o que o cliente queria, quando na verdade, sua sensibilidade o trapaceou, passando aos criativos uma visão totalmente distorcida do que o cliente realmente imagina para a campanha.

Mesmo quem está de fora consegue imaginar o tamanho do problema quando a tríade Cliente - Atendimento - Criação não se entendem como deveriam.

Enfim, essa divagação toda veio em mente, pois esse último projeto que peguei, me lembrou os tempos de agência. Justamente por ter recebido um briefing tão completo do que deveria ser feito, a peça saiu como o cliente queria. Ou nas palavras da mesma ''melhor do eu imaginava''.

Eu não conhecia o Cliff Burton e sua trágica história, e tão pouco seu modo de se vestir, postura, acessórios, e tudo mais. Tudo isso foi me passado detalhadamente pela Atendimento/cliente (ela ia presentear o namorado, e ele não sabia) e toda essa atenção que ela deu ao projeto e as informações foi o que deixou a peça com tanta vida.